Nova geração de chips de memória chamada memristor tem potencial para ajudar sistemas de inteligência artificial a entenderem dados complexos.



A medida que pesquisadores tentam desenvolver computadores mais complexos – que estejam mais próximos de simular como o cérebro humano funciona – um dos focos da pesquisa que também precisa avançar é a memória.
Chips existentes, hard disks e outras unidades de memória são ótimas em armazenar grandes quantidades de dados. Porém, uma nova geração de chips de memória chamada de memristor poderia levar a um passo mais longe. Ela poderia, por exemplo, ajudar sistemas de inteligência artificial do futuro que de fato entendam dados e façam maior proveito deles.
Os memristors (resistores com memória) poderiam ajudar computadores a “conectar os pontos”. Entre as aplicações, identificar doenças ou ajudar carros sem motoristas a reconhecer objetos baseados em associações e probabilidades.
Segundo Alex Nugent, CEO da Knowm, tais chips são melhores quando usados em modelos de aprendizado de máquina para fazer previsões baseadas em padrões e tendências. Para isso, eles usam grandes pilhas de informações.
Knowm é uma startup localizada no Novo México e uma das empresas trabalhando na tecnologia de memristor.
Os memristors da Knowm são desenhados para imitar os cérebros humanos, onde uma sinapse que liga dois neurônios fica mais forte na medida que um sinal é transmitido com frequência. 
De forma similar, o aprendizado e a retenção da informação nos circuitos do memristor são determinados pelo fluxo de dados.
A Knowm ainda não possui um chip do tipo totalmente funcional. Mas já apresentou kits de teste do protótipo para pesquisadores e acadêmicos onde, em cada um deles, o design do memristor podia ser imitado. O kit de teste inclui um chip com circuitos digitais análogos, pacotes de software e algoritmos.
Nugent explica que o atual memristor da Knowm é um “processador em aprendizado” que trabalha com CPUs, GPUs e outros processadores. 
Nessa área, a companhia tem como concorrentes grandes nomes, incluindo a HP.
A HP planeja usá-los em um novo tipo de computador chamado “The Machine”. Ela acredita que os memristors têm potencial para substituir tanto armazenamento e memória em computadores e está se associando com a SanDisk para fabricar os componentes. A SanDisk diz que seus memristors poderiam ser mil vezes mais rápido e duráveis que um armazenamento flash. 
Por sua vez, a Nugent acredita que memristors levarão a novos computadores que são melhores em aprendizado e para extrair valor em padrões de dados. “Aprendizado de máquina é possível nos computadores de hoje, mas não são eficientes e exigem muita energia”, disse Nugent. 
No entanto, vale ressaltar que podem levar muitos anos até que os primeiros chips da arquitetura Knowm apareçam em produtos comerciais.
Ai você se depara com a ideia de que os computadores irão aprender a resolver problemas sozinhos. O que você acha disso???
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